sexta-feira, 29 de abril de 2011

Direto da Telinha: As novas exigências do mercado da TV por André Luiz Batista
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Cena de acidente envolvendo Clarice (Ana Beatriz Nogueira) não agrada
- Reprodução

Desde seus primórdios, nas décadas de 50, 60, a TV brasileira tem suas
épocas. Existiu a época dos grandes festivais, existiu a época dos
telebarracos, dos noticiários policiais, das novelas mexicanas... Tudo
mudando de acordo com a vontade do telespectador, que fora o trio
novela, futebol e jornal, busca alternativas para se entreter. À mesma
medida que o tempo avançou, a tendência de produções mais caprichadas,
cuidadosas e que se reinventassem também foi desenvolvida.

Hoje em dia um profissional que faz a TV, que trabalha nos bastidores,
seja ele um autor ou um diretor, não se pode dar ao luxo de
simplesmente atender o que lhe foi solicitado e parar por aí. A
necessidade da TV é de profissionais mais completos, que inovem, que
façam com que o telespectador se surpreenda. É preciso que haja
profissionais que façam com que quem assista a determinado produto não
se desaponte.

Um dos exemplos positivos e negativos dessa flexibilidade se encontra
na dramaturgia. Atualmente um dos profissionais mais competentes dos
bastidores da TV brasileira é Rogério Gomes, conhecido como Papinha e
responsável pela direção geral de "Morde & Assopra". Papinha já
dirigiu inúmeras novelas e vem mostrando talento, junto à sua equipe,
na direção de cenas que envolvem acidentes. Tanto na fotografia, no
posicionamento de câmeras, ou em qualquer um dos trabalhos que são
necessários para que o telespectador se convença, ele mostra que
entende do assunto e que o resultado, que vai para as telinhas, não é
apenas sorte.

A primeira das boas surpresas de Papinha foi ao ar em 2009, com
"Paraíso". Mesmo em apenas trinta segundos, ele e sua equipe
produziram um acidente de carro cinematográfico no qual a personagem
de Bia Seidl (Aurora) morria. Para ratificar, no ano seguinte, em
"Escrito nas Estrelas", Rogério Gomes produziu de forma ainda melhor o
acidente que vitimou o protagonista Daniel, vivido por Jayme
Matarazzo, no primeiro capítulo. E ainda nessa mesma novela, qualidade
similar se repetiu em um desastre no qual a personagem de Carolina
Kasting, a Judite, se envolveu na tentativa frustrada de atropelar
Mariana, interpretada por Carol Castro. E ainda para completar, em
2011, o terremoto dos capítulos iniciais de "Morde & Assopra" também
merece elogios de todos, ainda mais pela produção e transmissão em
alta definição.

Ao mesmo tempo, é necessário salientar que nem todos os profissionais
de TV vêm acompanhando esse processo de inovação. Nesta quarta-feira
(27), foi ao ar o acidente que matou Clarice, papel de Ana Beatriz
Nogueira, em "Insensato Coração".

Infelizmente este não foi um dos melhores trabalhos de Dennis Carvalho
ou do diretor designado para a cena em questão. A começar pela placa
do carro, que enquanto estava em pleno funcionamento era KYB-5570, mas
no momento do capotamento, "misteriosamente", havia se transformado em
KWU-2330. Em segundo lugar, nota-se a trilha sonora, muito mal
escolhida, apesar da música ser muito boa. Em terceiro lugar, pela
fraca produção. Foi apenas mais um acidente. Não surpreendeu, não
cativou, até mesmo pelo conjunto da obra não ter ajudado. Uma trilha
bem escolhida teria vendido melhor o material para o telespectador.

No caso de "Insensato Coração", a concorrente da novela foi a própria
Globo, que produziu material do mesmo gênero de forma bem melhor em
outras oportunidades. Até mesmo a Record, com suas limitações - afinal
são seis anos de dramaturgia no Rio contra pelo menos o quádruplo da
Globo -, já produziu com nível superior e até mesmo em novelas que não
eram as principais, como "Bela, a Feia", que ia ao ar às 21h15, e "Os
Mutantes", exibida no mesmo horário.

A tendência é que com o passar dos anos não haja espaço para meros
trabalhos. Isso não se limitará apenas às novelas ou à TV, mas ao
mercado de trabalho de modo geral. O profissional que simplesmente
cumprir uma tarefa ficará de fora havendo um outro que cumpra o que
foi solicitado mas com algo a mais, com algum incremento, com algo que
ainda não tenha sido mostrado ou que surpreenda.

A fraca cena de "Insensato Coração" não tira o mérito - e nem teria
como - de Dennis Carvalho, que tem de televisão o dobro do que tenho
de vida, e nem de sua equipe, afinal, caso não tivessem competência,
não estariam no lugar em que 10 de cada 10 profissionais de TV
gostariam de estar. Entretanto, foi perceptível que já vimos coisa
melhor e na própria Globo. Sinal de que há para onde melhorar.





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